A rotina do almoço de muitos brasileiros é encerrada com o já tradicional cafezinho e, sempre que possível, uma sobremesa caprichada. Aquelas mais doces costumam ser as preferidas, como bolos, tortas ou pudins. Acontece que os nossos hábitos alimentares podem estar levando a um quadro crônico na população brasileira.
De acordo com relatório de 2019 da Federação Internacional de Diabetes (IDF, International Diabetes Federation), o Brasil possui 16,5 milhões de pessoas com a doença. O mais crítico é que metade delas desconhece que tem diabetes. Os números colocam nosso país como 3º na lista dos países com maior número de casos, atrás apenas de Estados Unidos e Índia.
Sobrepeso, colesterol e pressão alta são fatores de risco para diabetes. Doces são grandes vilões. Crédito: Food photo created by azerbaijan_stockers (www.freepik.com)
“É justamente esse desconhecimento e falta de informação por parte da população que acaba agravando o quadro de saúde de pessoas que poderiam tratar o diabetes e ter uma vida plena e saudável”, comenta a Dra. Rafaela Kosop, médica endocrinologista.
O diabetes é uma doença crônica, na qual o corpo não consegue produzir insulina ou então não consegue empregar corretamente a insulina produzida. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, responsável por controlar a quantidade de glicose no sangue. Como a função da insulina é ajudar a transformar a glicose dos alimentos em fonte de energia para as células, sem ela funcionando, a glicose se acumula na corrente sanguínea (hiperglicemia), podendo ocasionar danos aos nossos órgãos, nervos e vasos sanguíneos.
O diabetes apresenta diferentes causas, podendo ser do tipo 1 (cuja causa é essencialmente genética, sendo diagnosticado com maior frequência em crianças e adolescentes), ou do tipo 2 (que associa causa genética aos hábitos alimentares e se manifesta com maior frequência em adultos). Cerca de 90% dos casos de diabetes são do tipo 2. O tratamento varia em cada caso, mas pode envolver a aplicação de insulina e medicamentos, além de planejamento alimentar e prescrição de atividades físicas regulares.
“É muito importante que as pessoas consultem regularmente um nutricionista, endocrinologista ou mesmo um clínico geral para avaliar seu quadro de saúde. Além disso, é preciso adotar uma alimentação equilibrada e prática de atividades físicas, reduzindo a chance de desenvolver fatores de risco como obesidade, hipertensão e colesterol alto”, ressalta a médica.
GESTANTES PRECISAM TER ATENÇÃO REDOBRADA
Existe ainda outro caso especial. Durante a gravidez, o pâncreas da mãe aumenta a produção de insulina para compensar a ação da placenta, que justamente reduz a ação da insulina. Mas em algumas mulheres, o pâncreas “não dá conta” e elas desenvolvem o quadro conhecido como diabetes gestacional. Esse cenário pode gerar o crescimento excessivo do bebe (causando partos mais traumáticos), além de hipoglicemia neonatal e outros quadros.
Os principais fatores de risco para diabetes gestacional são: idade materna acima dos 35 anos, obesidade, ganho de peso excessivo durante gestação, histórico de diabetes na família ou de diabetes gestacional, filho anterior com peso de nascimento acima de 4Kg e gestação gemelar. O rastreio desta condição é feito com o exame de glicemia de jejum nos 3 trimestres de gestação e com o teste de tolerância a glicose feito entre 24 e 28 semanas de gestação.
A endocrinologista Rafaela Kosop alerta para os perigos do diabetes gestacional.
DESVENDANDO OS MITOS E VERDADES SOBRE O DIABETES
“Diabetes não é uma doença tão séria” - Mito. Se você controlar o diabetes adequadamente, você pode prevenir ou adiar as complicações, tendo assim uma vida praticamente normal. PORÉM, o diabetes é uma doença muito séria sim: Duas em cada três pessoas com diabetes morrem em função de problemas cardiovasculares ou derrame. Isso sem mencionar os riscos de amputações devido a problemas de circulação. Será que vale a pena fica abusando daqueles chocolatinhos, refrigerantes e frituras? Acho que não né.
“Os sinais de diabetes são claros” – Mito, o diabetes não tem sinais claros. A grande maioria das pessoas não apresenta sintomas. Por isso é importante realizar seus exames de rotina e consultar um médico regularmente.
“Não é recomendado ao diabético ingerir bebidas alcoólica” - Verdade, o consumo é até permitido, mas de forma moderada pois as bebidas alcoólicas costumam causar grandes elevações da glicose. No caso de diabetes tipo 1, a ingestão de bebida alcoólica deve ser feita sempre junto a uma refeição pelo risco da ocorrência de um quadro grave chamado cetoacidose diabética e pelo risco de hipoglicemia após o metabolismo do álcool.
“A aplicação de insulina causa dependência química” – Mito, o hormônio é fundamental para permitir a entrada de glicose na célula, tornando-se fonte de energia. A aplicação de insulina é uma necessidade vital, não caracterizando nenhum tipo de dependência química ou psíquica.
CONTE COM O LABCK NO DIAGNÓSTICO E ACOMPANHAMENTO DO DIABETES
O LabCK funciona todos os dias, inclusive aos domingos e feriados, facilitando para os pacientes que desejem ou precisem realizar exames laboratoriais.
Os exames Glicemia em Jejum e Hemoglobina Glicosilada podem ser realizados na sede do LabCK ou pela Coleta Móvel, que cobre a área de Curitiba e região metropolitana. Já os exames de Curva Glicêmica (cuja realização tem duração de 2 horas) e Teste Oral de Tolerância à Glicose, são realizados somente na matriz.
Para agendamento ou em caso de dúvidas, conte com a Assessoria Médica e Científica do LabCK pelo Whatsapp (41) 99992-0252
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