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Alergias alimentares: a receita para evitar complicações.

O Natal e o Ano Novo estão chegando e nessa época do ano tradicionalmente recheada de confraternizações, todas as atenções estão voltadas para a mesa.


Ainda que nesse ano de pandemia as reuniões entre amigos estejam mais restritas, as ceias e almoços em família devem manter sua importância na rotina de festividades. Opções não faltam entre as tradicionais iguarias da temporada, como o Chester, Tender, Peru, as massas, maioneses e farofas, além das irresistíveis sobremesas. Todos esses pratos tornam quase impossível a missão de manter a dieta. Mas para boa parte das pessoas, existe um motivo ainda mais importante para se preocupar na hora de escolher o que servir: as alergias alimentares.


Queridinho do Natal, o chocotone é uma armadilha para intolerantes ao glúten e lactose.

Crédito: Free Pik


MUITO ALÉM DO GLÚTEN E DA LACTOSE.

Quando falamos em reações do nosso organismo aos alimentos, é comum lembrarmos de alguém que possua intolerância à lactose ou glúten. Mas é importante observar que tais condições não são consideradas alergias alimentares. “A intolerância à lactose, como o próprio nome diz, é uma intolerância decorrente da ausência da enzima lactase, responsável por fazer a degradação e digestão da lactose. Os sintomas principais são estufamento abdominal, dor abdominal, diarreia ou até mesmo constipação”, observa a endocrinologista Dra. Rafaela Kosop.


Quanto ao glúten, que é uma combinação de dois grupos de proteínas: a gliadina e a glutenina (presentes em grãos de trigo, centeio e cevada) a pessoa pode ter alergia propriamente dita ou ainda possuir a doença celíaca, que é uma doença autoimune.


A intolerância alimentar mais conhecida hoje é a intolerância à lactose, mas pode existir intolerância a outros açúcares presentes nos alimentos (normalmente industrializados) como é o caso do sorbitol e do inositol (usados frequentemente na indústria alimentícia em itens como balas, doces e bebidas açucaradas).


As alergias alimentares propriamente ditas são reações do nosso sistema imunológico a algumas proteínas presentes em determinados alimentos, ocasionando sintomas diversos como erupções cutâneas, inchaços na boca e olhos, problemas digestivos e obstrução das vias respiratórias. As alergias mais frequentes estão relacionadas ao consumo de nozes, amendoins, mariscos, peixes, gergelim e até mesmo algumas frutas.


Comédia romântica Hitch (2005) ilustrou os efeitos de reação alérgica no protagonista Will Smith ao ingerir frutos do mar. Créditos: Columbia Pictures


Há uma predisposição genética para ocorrência de alergia alimentar e nos últimos anos tem se observado a influência do meio ambiente nesse processo – mudança de estilo de vida e alimentação são alguns dos fatores comumente associados. De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), apesar de não haverem no Brasil estatísticas oficiais, a prevalência dessa condição está dentro do previsto na literatura internacional, que estima: cerca de 8% das crianças com até dois anos de idade e 2% dos adultos possuem algum tipo de alergia alimentar.


“No caso das alergias alimentares (em que há uma resposta imunológica, em especial com a produção de anticorpos da classe "IgE" e a ativação de células inflamatórias chamadas eosinófilos e mastócitos), a pessoa pode não apresentar sintomas logo na primeira exposição, mas sim nas exposições subsequentes. Esse fenômeno é chamado de sensibilização; ou seja, a imunidade inicialmente reconhece o alérgeno, mas não faz nada. Quando a próxima exposição acontece, já houve tempo para o organismo organizar a resposta alérgica pelos anticorpos IgE”, explica o médico infectologista e Diretor Médico do LabCK, Ricardo Kosop.


DIAGNOSTICANDO AS ALERGIAS E REAÇÕES ALIMENTARES:

INOVAÇAO NOS TESTES ATUAIS


O primeiro passo para averiguar se uma pessoa apresenta alergia alimentar é avaliar o histórico clínico, observando a relação de causa entre ingestão do alimento suspeito e o aparecimento dos sintomas (considerando também se os sintomas se repetem nos episódios de ingestão). A partir daí, é possível partir para os exames laboratoriais específicos, que devem ser solicitados com prescrição médica, permitindo a correta interpretação e orientação do médico, que pode ser um clínico geral, endocrinologista, nutricionista, entre outros. Um dos exames diagnósticos mais amplos e completos é o Painel de Alergia Alimentar, para detecção de alergia a até 200 alimentos diferentes. O exame é feito através de coleta de sangue e demanda jejum de 4 horas.


Outra forma de diagnóstico são os testes da categoria TPO (Teste de Provação Oral), que consistem em ministrar no paciente a substância isolada que ser quer avaliar. O procedimento é feito em ambiente adequado e controlado, com total segurança e supervisão de um especialista para o caso de apresentar alguma reação. Um exemplo é o Teste Oral de Intolerância à Lactose, realizado pelo LabCK. Nele, o paciente faz uma coleta em jejum (8 horas), toma uma sobrecarga de 75g de lactose, faz uma coleta de sangue após 30 minutos e após 60 minutos da administração.


Teste de intolerância à lactose já não precisa causar desconforto aos pacientes.

Crédito: Adobe Stock


Atualmente, já existe o exame Teste Genético de Intolerância à Lactose, realizado por meio de coleta de sangue. O teste é capaz de identificar duas variantes no gene MCM6 (C/T -13910 e G/A-22018) que estão associadas à deficiência de lactase primária, ou seja, quando há uma diminuição dos níveis de lactase (enzima que quebra a molécula de lactose) nas células intestinais. Por conta disso, ele é mais rápido e menos incômodo que o teste tradicional, dispensando inclusive o jejum.


“O Teste Genético de Intolerância à Lactose é mais uma ferramenta inovadora que surgiu nos últimos anos e tem feito muita diferença para o paciente, por não causar nenhum tipo de indisposição ou desconforto.”, comenta o Dr. Ricardo Kosop.


DESCOBRI QUE TENHO ALERGIA ALIMENTAR, EXISTE CURA?

De acordo com a ASBAI, as alergias causadas por alimentos como trigo, soja, leite e ovo, comumente iniciadas na infância, são mais efêmeras e a grande maioria das pessoas perde a alergia até a segunda década de vida.


Já as reações às castanhas, amendoins, peixes e frutos do mar podem iniciar em qualquer fase da vida. Essas tendem a ser persistentes ao longo da vida do indivíduo. As características das respectivas proteínas parecem estar relacionadas com a história natural da doença.


LABCK REALIZA PRINCIPAIS TESTES PARA REAÇÕES ALIMENTARES

Os exames Painel de Alergia Alimentar, Teste Genético de Intolerância à Lactose e o Teste Oral de Intolerância à Lactose podem ser realizados na matriz do LabCK, anexa ao Hospital Angelina Caron. Mas alguns deles somente horários especiais (confira aqui).


Se preferir, o paciente pode optar pelo serviço de Coleta Móvel (exceto para o Teste Oral de Intolerância à Lactose, restrito somente à matriz), que cobre a área de Curitiba e região metropolitana. Em caso de dúvidas, o LabCK conta oferece Assessoria Médica e Científica pelo Whatsapp (41) 9877-8334.

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